Expressa o facto no momento em que se fala. Pessoal e transmissível.
19
Nov 12
publicado por José Maria Barcia, às 13:00link do post | comentar

O Director do gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública fala sobre a Greve Geral, o papel da PSP, os confrontos e a carga policial:

 

 

 

''A última década tem demonstrado de forma notória e inequívoca, o avanço extraordinário que tem norteado o crescimento da Polícia de Segurança Pública (PSP). Tem conseguido afirmar-se como uma polícia moderna, preparada e reconhecida no seio europeu e internacional.
A sociedade portuguesa, a maioria dos cidadãos concorda com esta visão e a prova dessa concordância está em parte patente nos comentários, na “avaliação” que a sociedade fez da intervenção da PSP por ocasião das últimas manifestações e da greve geral. Legitimar uma “carga policial” é considerar que todos os pressupostos tendentes a evitá-la foram garantidos, defender a intervenção policial neste cenário de tensão, é ter a capacidade de analisar de forma descomplexada que esta acção era necessária e adequada à garantia da ordem e paz social.
Os últimos meses têm sido profícuos em manifestações públicas de descontentamento social motivadas pela austeridade vivida por diversos sectores da sociedade. O desemprego, os cortes salariais, as restrições orçamentais têm atingido de forma equitativa todos os sectores da sociedade portuguesa e de igual forma, atingem os polícias. Os homens e mulheres que ostentam, durante uma manifestação, material de ordem pública por cima de uma farda, também são portugueses, também são atingidos com cortes salariais, viram as suas expectativas de progressão congeladas, fazem os mesmos sacrifícios, possuem famílias com filhos que estão desempregados, que passam restrições e dificuldades.
É esta capacidade de “autismo” que permitiu aos homens e mulheres da PSP, coroar com intervenções equilibradas e consensuais os últimos protestos sociais. Os polícias estão preparados e formados para viver com estas “convulsões sociais”, estão capacitados a identificar os cenários, a contextualizar as multidões, a antever as consequências da sua intervenção e a procurar todas as soluções num contexto de problemas. É verdade, os polícias são tudo isso e muito mais e felizmente é nesta capacitação operacional que reside a evolução da PSP nos últimos anos, com maior incidência, na última década.
Infelizmente ainda existem muitas vozes dissonantes que por regra ou por complexo, são sistematicamente contra a Polícia, qualquer que seja a sua intervenção e/ou resultado do seu empenho operacional. Exigir-se que os polícias tenham a capacidade de discernimento no âmbito de uma carga policial, onde o stress, a adrenalina, as mazelas físicas, o cansaço e o avanço à voz são parte da mesma equação psíquica e motora, é exigir o impossível. Se o exemplo português não é suficiente, veja-se a forma como se vivem manifestações públicas na Grécia, na Espanha, em Itália, na Inglaterra, na França, na Bélgica, que sendo países europeus, são exemplos mais próximos de nós. Mas, mais do que procurar exemplos para maximizar as vitórias ou minimizar as derrotas, o importante é percebermos que todos evoluímos e nessa evolução, mesmo com os problemas que têm caracterizado a nossa sociedade nos últimos meses, a PSP tem sabido evoluir.
A PSP está consciente do seu papel na sociedade, os polícias estão cientes do seu papel no âmbito desta missão social, queiramos todos estar preparados para ler os sinais, para escutar os avisos e sair quando chegar a altura. Agora e cada vez mais, saibamos manifestar-nos e se for atingido o ponto da inevitável reposição de ordem pública, como na última greve geral, sejamos precavidos e regressemos a casa quando chegar a altura. Estejamos conscientes que a minoria que prevarica, instiga, apedreja e atinge, está convenientemente identificada. É nosso dever fazê-lo, é nossa obrigação reconhecê-lo e continuaremos a pugnar a nossa intervenção com esse grande objectivo: continuar a garantir que essa minoria irá enfrentar as consequências da justiça pelos actos que comete.
Lamentamos profundamente a existência de cidadãos atingidos pela intervenção policial que nada têm a ver com a minoria referida, é para essa maioria que todos os dias trabalhamos para continuar a melhorar a nossa acção. Todos somos portugueses!''


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